A Boeing entrou com um processo no National Labor Relations Board (NLRB), acusando 33.000 trabalhadores da fábrica na Costa Oeste dos EUA de “negociação de má-fé”. A ação, apresentada em 10 de outubro de 2024, critica a Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM), que representa os trabalhadores em greve há quase cinco semanas, por um “padrão de negociação de má-fé”.
De acordo com o Business Standard, em 11 de outubro de 2024, a fabricante de aeronaves afirmou em um documento ao NLRB que a “narrativa pública do sindicato é enganosa […] dificultando encontrar uma solução para nossos funcionários”. A Boeing esclareceu que tomou a decisão de registrar sua queixa para que, de acordo com a fabricante, o NLRB e outras partes relevantes tenham uma representação mais fiel dos eventos das últimas semanas.
“A solução será uma que apoie os trabalhadores, que seja compatível com o sucesso do negócio”, declarou Pete Buttigieg, Secretário de Transportes dos EUA a repórteres locais em um evento para a imprensa realizado na sede do departamento ontem, dia 10 de outubro. “Achamos que ambas as coisas são absolutamente compatíveis e há um acordo a ser fechado.”
No dia 11 de outubro de 2024, os trabalhadores do IAM ainda não haviam respondido ao processo. Um dia antes, o sindicato compartilhou uma declaração no Facebook, enfatizando que “não há Boeing sem o IAM”.
Tal medida da fabricante foi tomada após duas negociações infrutíferas com o sindicato nos dias 8 e 9 de outubro de 2024, sendo a segunda rodada desde setembro.
A recente alegação da Boeing destaca a crescente tensão nas negociações trabalhistas com o sindicato, enquanto enfrenta desafios financeiros que podem resultar em uma perda de aproximadamente US$ 10 bilhões em 2024 caso a greve se prolongue até o último trimestre.
As reuniões aconteceram antes da Boeing apresentar sua “melhor e última oferta” em 23 de setembro de 2024, que incluía um aumento salarial de 30% nos próximos quatro anos e bônus adicionais. No entanto, o sindicato rejeitou a proposta, alegando que “não era boa o suficiente”, pois buscam um aumento de 40% e a reinstauração de um plano de pensão retirado em 2014.
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