Na quinta-feira, Kelly Ortberg, o novo CEO da Boeing, revelou seus planos de residir em Seattle e se transferir para mais perto da fábrica a fim de gerenciar a crise de segurança.
Em seu primeiro dia de trabalho na quinta-feira, Ortberg ou parte do tempo visitando a fábrica em Renton, Seattle, onde é produzido o jato 737 MAX. Ele terá a missão de “restaurar a confiança”, conforme detalhado em uma mensagem aos funcionários.
“Como o que fazemos é complexo, acredito firmemente que precisamos nos aproximar das linhas de produção e dos programas de desenvolvimento em toda a empresa”, escreve Ortberg em carta.
O ex-líder da Rockwell Collins se reunirá com fornecedores, autoridades governamentais e reguladores. A fabricante de aviões enfrenta sérios problemas financeiros e operacionais que deverão levar anos para serem resolvidos. A produção e as entregas do 737 MAX foram impactadas pela explosão de um em voo em 5 de janeiro, e a fabricação do 787 Dreamliner caiu para menos de cinco unidades mensais devido a dificuldades na cadeia de suprimentos.
O trabalho de Ortberg inclui aumentar a produção dos jatos MAX de aproximadamente 25 para 38 aeronaves por mês até o fim do ano e assegurar um acordo trabalhista para evitar uma possível greve. Embora os executivos da aviação estejam otimistas com sua chegada, eles estão pedindo que ele concentre esforços nas entregas de aviões, em resposta aos atrasos que prejudicaram o planejamento das companhias.
A próxima visita de Ortberg será à Spirit AeroSystems em Wichita, Kansas, onde ele se encontrará com os funcionários do principal fornecedor da Boeing, conforme informações de executivos das empresas envolvidas. A Boeing decidiu recomprar a Spirit, que enfrenta problemas financeiros e teve suas principais plantas desmembradas em 2005, por US$ 4,7 bilhões em ações.
Em mensagem aos funcionários, Ortberg disse: “a vida das pessoas depende do que fazemos todos os dias”.
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