Operações aéreas na Revolução Constitucionalista

Operações aéreas na Revolução Constitucionalista

<p>A América do Sul dos anos 1930 era um caldeirão em ebulição&comma; em que governos buscavam resguardar a qualquer custo seus interesses políticos e econômicos&comma; seja nos ambientes externos e internos&period; A intransigência governamental&comma; em conjunto com revoltas e demandas populares&comma; evoluía quase sempre para algo mais sério do que uma simples troca de acusações&comma; escalando&comma; não rara as vezes&comma; para as vias do conflito armado&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A Guerra do Chaco &lpar;entre Paraguai e Bolívia&rpar; e a Questão Letícia &lpar;entre Colômbia e Peru&rpar; foram apenas alguns dos exemplos mais conhecidos destes conflitos&comma; que encapsularam de forma bastante nítida as evoluções que peravam o pensamento militar na década de 30&period; As lições aprendidas na Primeira Guerra Mundial&comma; sobre a importância da mecanização das forças combatentes &lpar;por intermédio de tanques&comma; metralhadoras e artilharia de precisão&rpar; foi bastante sentida nestes conflitos&comma; apesar de longes em escala da grande calamidade de 1914-1918&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;179857" aria-describedby&equals;"caption-attachment-179857" style&equals;"width&colon; 1014px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-179857 size-large" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2024&sol;11&sol;operacoes-aereas-na-revolucao-constitucionalista-001-1024x747&period;jpg" alt&equals;"Campo de Marte Operações aéreas na Revolução Constitucionalista" width&equals;"1024" height&equals;"747" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-179857" class&equals;"wp-caption-text">Foto tirada no Campo de Marte em 1932&comma; demonstrando a composição original do 1&period;º G&period;Av&period;C antes da partida da esquadrilha para o Front Leste&period; Créditos&colon; desconhecido &lpar;foto colorizada pelo Autor&rpar;&period;<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p>Um dos adventos mais importantes da Grande Guerra e que teve papel preponderante nestes conflitos foi sem dúvida o poderio aéreo&period; Apesar de ser creditada à Guerra do Chaco a primeira oportunidade que a aviação teve de demonstrar seu verdadeiro potencial bélico em terras sul-americanas&comma; foi na verdade no Brasil que os primeiros experimentos sobre a utilidade da arma aérea na guerra foram realizados no continente&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Neste texto&comma; o leitor poderá seguir pela desconhecida história da Guerra Aérea na Revolução Constitucionalista de 1932&comma; que serviu de campo de testes sul-americano para o aprendizado sobre a importância desta arma nos novos conceitos de guerra das décadas de 30 e 40&period; Seria no Brasil de 1932 que o primeiro abate de um avião em combate aéreo em território latino americano se daria&semi; seria também neste mesmo conflito que o primeiro <em>raid<&sol;em> noturno da região seria executado&semi; e que também&comma; pela primeira vez em território sul-americano&comma; se presenciara a cooperação entre Marinha e Aeronáutica&comma; em um prenúncio das operações combinadas da Segunda Guerra Mundial&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;179858" aria-describedby&equals;"caption-attachment-179858" style&equals;"width&colon; 1014px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-179858 size-large" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2024&sol;11&sol;operacoes-aereas-na-revolucao-constitucionalista-002-1024x695&period;jpg" alt&equals;"Nieuport NiD&period;72 C1 Operações aéreas na Revolução Constitucionalista" width&equals;"1024" height&equals;"695" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-179858" class&equals;"wp-caption-text">Os Nieuport NiD&period;72 C1 eram os aviões mais avançados tecnologicamente disponíveis no arsenal da arma aérea brasileira no início da década de 30&period; No entanto&comma; problemas mecânicos faziam com que apenas 2 das 4 aeronaves disponíveis estivessem em condições de voo às vésperas do conflito&period; Créditos&colon; desconhecido<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p>Embora desconhecido hoje fora das fronteiras tupiniquins&comma; este conflito atraiu a atenção mundial em sua época&comma; com adidos militares de nossos vizinhos sul-americanos &lpar;como de Argentina&comma; Bolívia e Paraguai&rpar; se misturando com aqueles de nações bem mais fortes militarmente &lpar;como EUA e França&rpar;&comma; que buscavam observar na prática a evolução da arte da guerra na década de 30&period; Certamente as lições deste conflito impactaram o pensamento estratégico de todas estas nações de certa forma&comma; convencendo gradativamente que a aeronáutica se tornara uma arma decisiva no arsenal militar de uma nação&period;<strong> <&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<h2><span style&equals;"font-size&colon; 14pt&semi;"><strong>Revolução Constitucionalista&colon; A guerra civil esquecida do Brasil<&sol;strong><&sol;span><&sol;h2>&NewLine;<p>Como muitos de seus vizinhos sul-americanos que baseavam suas economias em um sistema de exportação de produtos primários e brutos&comma; o Brasil sofreu muito com a crise de 1929&period; O principal produto de exportação do país na época&comma; o café&comma; desvalorizou-se consideravelmente do dia para a noite&comma; quebrando a principal indústria nacional&semi; e&comma; consequentemente&comma; uma grave crise interna se instalou na economia brasileira&period; Para complicar ainda mais a situação&comma; 1930 era ano eleitoral no país&comma; o que por si só já contribuia para as agitações político-sociais que a nação atravessava naquele momento&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Marcada por escândalos&comma; nepotismo e outros fatores&comma; as eleições de 1930 podem ser consideradas como a principal causa da Revolta Constitucionalista&comma; que eclodiria dois anos depois&period; O candidato eleito para assumir a presidência do país nas eleições de 1930&comma; Júlio Prestes&comma; e que contava com grande apoio dos produtores de café&comma; havia sido deposto antes mesmo de assumir o cargo de chefe de Estado&comma; tendo seu adversário nas urnas&comma; o populista Getúlio Vargas&comma; apoiado pelos militares&comma; assumindo o cargo&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Esta manobra política foi o primeiro preâmbulo da guerra que estava por vir&period; Dois anos de insatisfações e hostilidade entre o estado de São Paulo &lpar;que estava por trás da campanha presidencial de Prestes&rpar; e o governo central brasileiro&comma; baseado no Rio de Janeiro&comma; eclodiram em guerra aberta&comma; no dia 9 de julho de 1932&period; Os ressentimentos do golpe de estado jamais arrefeceram na mente dos paulistas&comma; também conhecidos como constitucionalistas&comma; por sua defesa à constituição e ao presidente eleito em 1930&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A guerra&comma; que durou 85 dias&comma; teve aproximadamente 3500 mortos e quase o dobro de feridos&period; Tais números demonstram a voracidade dos combates em um período tão curto&comma; se comparado proporcionalmente a outros conflitos de maior duração na América Latina dos anos 30&period; Uma coisa que os números não mostram&comma; no entanto&comma; foram os desenvolvimentos tecnológicos utilizados por cada facção&comma; que serviram certamente ao propósito de aumentar o número de vítimas no conflito&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A artilharia e a metralhadora se provaram as armas dominantes no campo de batalha&comma; como haviam sido na Primeira Guerra Mundial&period; No entanto&comma; diferente deste conflito&comma; novas táticas de infiltração e ataques por meio de grupos reduzidos e espaçados entre si foram utilizadas &lpar;ensinadas por militares ses veteranos do conflito&rpar;&comma; o que certamente evitou um derramamento de sangue ainda maior na Revolução Constitucionalista&period; Outros engenhos&comma; como tanques e trens blindados também demonstraram seu valor&comma; permitindo fogo móvel e continuado sobre o campo de batalha&period;<&sol;p>&NewLine;<p>No entanto&comma; foi a aviação que se demonstrou ser a arma mais temida no campo de batalha brasileiro&period; Foi nos céus do Brasil que os primeiros aprendizados sobre o &OpenCurlyDoubleQuote;novo” papel da aviação&comma; aperfeiçoado nos últimos meses da Grande Guerra&comma; puderam ser realmente postos em prática&period; A aviação&comma; tanto Constitucionalista&comma; quanto Federalista &lpar;aliada ao presidente Getúlio Vargas&rpar; atuou não somente como arma propriamente dita&comma; mas como elemento psicológico e de dissuasão em engajamentos-chave do conflito&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;179859" aria-describedby&equals;"caption-attachment-179859" style&equals;"width&colon; 1014px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-179859 size-large" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2024&sol;11&sol;operacoes-aereas-na-revolucao-constitucionalista-003-1024x790&period;jpg" alt&equals;"Operações aéreas na Revolução Constitucionalista" width&equals;"1024" height&equals;"790" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-179859" class&equals;"wp-caption-text">Aeronaves como os Tiger e Gypsy Moth atuaram nas mais diversas funções durante o conflito&comma; como aeronaves de ligação&comma; de correio&comma; de bombardeio e até mesmo&comma; caça&period; Na foto&comma; 2º tenente aviador Sylvio Hoeltz&comma; integrante do Grupo Misto de Aviação Constitucionalista&period; Créditos&colon; Guardiões de 32&period;<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p>Também na Revolução Constitucionalista&comma; não foram poucas as vezes que aviões foram empregados em funções nunca antes vistas até o momento em grande parte do mundo&colon; como recurso de apoio cerrado e tático a infantaria&comma; como infiltrador em espaço aéreo inimigo&comma; como arma de ataque anti-naval&comma; além de elemento de cooperação com outros ramos das forças armadas&period; Neste curto conflito&comma; a aviação deu uma valiosa lição&colon; que&comma; mesmo em reduzidos números&comma; poderia ser uma arma temível&comma; se bem empregada e bem utilizada&period;<&sol;p>&NewLine;<h3><span style&equals;"font-size&colon; 14pt&semi;"><strong>Composição das Forças Aéreas&comma; doutrinas e táticas<&sol;strong><&sol;span><&sol;h3>&NewLine;<p>O Brasil iniciou seu processo de estruturação de um braço aéreo para suas forças armadas em 1910 e&comma; em 1932&comma; essa ideia já havia evoluído para uma forma bastante madura&period; A ideia de que a Arma Aérea deveria estar subordinada ao Exército estava profundamente enraizada na doutrina militar brasileira&comma; demonstrando assim a crença de que o objetivo primordial da aeronáutica era contribuir de forma harmoniosa para as atividades em terra&period; Porém&comma; essa linha de pensamento começou a perder força no final da década de 1920&comma; quando instrutores da missão militar sa no Brasil começaram a desmistificar essa ideologia&comma; com as lições aprendidas nos céus europeus da Grande Guerra&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Portanto&comma; quando o conflito de 1932 estourou&comma; a aviação do exército brasileiro se encontrava em um momento de transição&colon; os primeiros caças modernos da incipiente Força Aérea &lpar;quatro Nieuport-Delage NiD&period;72 C1&rpar; haviam sido recebidos poucos anos antes&comma; enquanto que os demais aviões&comma; majoritariamente modelos Waco CSO e Potez 25 TOE&comma; demonstravam ainda a tendência da aviação em seu papel de cooperação&comma; já que estes modelos eram mais adaptados a missões de apoio&comma; reconhecimento e bombardeio do que a combates ar-ar&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A divisão destes aviões entre Federalistas &lpar;representantes legais do governo&rpar; e Constitucionalistas &lpar;revoltosos&rpar; obviamente não se deu de maneira homogênea&period; Como no caso da Guerra Civil Espanhola&comma; que aconteceria alguns anos depois&comma; cada lado contaria no começo do conflito com os recursos que estivessem dentro de sua zona de influência&comma; além de possíveis defecções de pilotos simpáticos a uma ou outra causa&comma; que se encontrassem atrás das linhas ideológicas rivais&period; Como a principal base aérea militar brasileira à época se encontrasse no Campo dos Afonsos &lpar;Rio de Janeiro&rpar;&comma; consequentemente os federalistas retiveram a maioria das aeronaves&comma; em especial&comma; uma quantidade valiosa de Potez 25 TOE&comma; que formariam a espinha dorsal da Força Aérea Federalista &lpar;conhecida como Grupo Misto de Aviação&rpar; na primeira parte do conflito&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Se acrescia aos aviões em mãos Federalistas aqueles de posse da Arma Aérea Naval&comma; pertencentes à 1ª Divisão de Observação e a Flotilha Mista de Aviões de Patrulha&comma; que foram aglutinadas sob o comando único da Marinha do Brasil&period; A unidade totalizava &lpar;no papel&rpar; quase trinta aviões de diversos modelos&comma; desde os pequenos De Havilland D&period;H&period; 60T até os gigantescos hidroaviões Savoia-Marchetti SM&period;55A&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Do lado dos Constitucionalistas&comma; a história foi bem diferente&period; Havia apenas um aeródromo militar digno de nota em São Paulo&comma; o Campo de Marte&period; Como uma das primeiras ações de guerra do conflito&comma; os revolucionários trataram de se apossar do local&comma; garantindo o controle das instalações e dos aviões presentes&period; As únicas aeronaves dignas de nota aprendidas neste momento foram dois Potez 25 TOE e dois Waco CSO&comma; que formaram o núcleo do que seria conhecido como 1&period;º G&period;Av&period;C &lpar;Grupo de Aviação Constitucionalista&rpar;&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Ainda nesta fase de primeira confrontação&comma; os revoltosos incorporaram à sua frota mais dois aviões&comma; os quais os pilotos  desertaram das forças Federais&colon; um outro Potez 25 TOE e um Nieuport-Delage NiD&period;72 C1&period; A estes se juntavam um pot-pourri de diversos outros modelos civis apreendidos e cedidos&comma; que prestavam serviços de ligação&comma; reconhecimento e cooperação com o exército em fronts menos ativos&comma; sob a égide da outra formação aérea paulista&comma; o Grupo Misto de Aviação Constitucionalista&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;179860" aria-describedby&equals;"caption-attachment-179860" style&equals;"width&colon; 813px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-179860 size-full" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2024&sol;11&sol;operacoes-aereas-na-revolucao-constitucionalista-004&period;jpg" alt&equals;"NiD&period;72 C1 Operações aéreas na Revolução Constitucionalista" width&equals;"823" height&equals;"567" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-179860" class&equals;"wp-caption-text">&OpenCurlyDoubleQuote;Negrinho”&comma; como ficaria conhecido o NiD&period;72 C1 sequestrado pelo piloto Adherbal da Costa Oliveira e entregue aos Constitucionalistas&comma; já nas cores de seus novos donos&period; Créditos&colon; desconhecido &lpar;Foto colorizada pelo Autor&rpar;<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p>Apesar dos consideráveis recursos em mãos&comma; ambos os lados da contenda sabiam que teriam que investir em outras aeronaves&comma; para pender a balança definitivamente para seu lado&period; Os Federalistas foram os primeiros a se mover em busca de uma vantagem pela supremacia dos ares&comma; que estava demonstrando difícil de ser conquistada&comma; apesar da superioridade numérica desta frente a aviação Constitucionalista&period; Um grande contrato&comma; de 36 Waco C90&comma; assinado algumas semanas após o início do conflito&comma; era o suficiente para alardear os Constitucionalistas&comma; que logo reagiram&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Contornando o bloqueio do Governo Federal&comma; os revoltosos negociaram um acordo com a subsidiária da Curtiss Wright Corporation no Chile&comma; para a compra de 9 aviões Curtiss Falcon O-1E&comma; que se tornariam os aviões mais avançados a participar da Revolução&period; Os Falcon eram aeronaves que facilmente poderiam superar os Waco e Potez Federais em velocidade de mergulho e razão de subida – e&comma; apesar de terem sido desenvolvidas como aeronaves de caça-bombardeio&comma; sua principal missão seria conseguir a supremacia sobre os céus do front leste&comma; onde a situação já se demonstrava desesperadora para os Constitucionalistas&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Antes mesmo da introdução destas novas aeronaves no conflito&comma; cada lado já havia definido sua doutrina para a guerra aérea que estava por se desenrolar&colon; ambas as forças decidiram concentrar a maioria dos seus recursos nas zonas mais ativas e sensíveis do conflito&colon; os Front Litoral e Front Leste&comma; que emcomam um grande arco que percorre a divisa entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo&comma; do mar até a fronteira com outro estado brasileiro&comma; Minas Gerais&period; Para isso&comma; a construção de bases aéreas avançadas se tornou imprescindível para ambos os lados&comma; com o intuito de terem uma presença aérea mais constante sobre o front&period;<&sol;p>&NewLine;<p>No entanto&comma; as semelhanças param por aí&period; Do lado Federalista&comma; a doutrina consistia em patrulhas diárias compostas por pelo menos um par de aviões&comma; atuando como líder e ala&comma; muitas vezes em formação escalonada&period; Muitas das missões de bombardeio também contaram com escolta de pelo menos um ou dois aviões&comma; principalmente após a chegada dos Waco C90&comma; designados especialmente para essas missões de cobertura aérea&period; No entanto&comma; os aviões designados para missões de reconhecimento muitas vezes se aventuram sozinhos no espaço aéreo inimigo&comma; tendo que se defender de qualquer adversário que os atacasse por conta própria&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Para os Federalistas&comma; a aviação era vista mais como elemento de guerra psicológica do que arma de guerra propriamente dita&period; Não foram raras as vezes que na aparição dos famosos vermelhinhos nos céus do front&comma; os Constitucionalistas se punham em fuga ou se rendiam aos soldados Federalistas&period; Tal perspectiva era facilitada devido simplesmente ao seu maior número&comma; com os destacamentos aeronáuticos Federalistas atuando em bases fixas&comma; com seções de aeronaves designadas para cada parte do front&period; Apesar de muitos pilotos federais fazerem mais de uma surtida por dia&comma; as horas-voo ficavam próximas daquelas que seus semelhantes faziam durante os tempos da Primeira Guerra&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;179861" aria-describedby&equals;"caption-attachment-179861" style&equals;"width&colon; 1014px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-179861 size-large" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2024&sol;11&sol;operacoes-aereas-na-revolucao-constitucionalista-005-1024x589&period;jpg" alt&equals;"Campo de Pouso de Resende Operações aéreas na Revolução Constitucionalista" width&equals;"1024" height&equals;"589" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-179861" class&equals;"wp-caption-text">As modestas instalações do Campo de Pouso de Resende&period; O local se tornaria a principal base aérea Federal no Vale do Paraíba&comma; até que a conquista de novas posições pelo exército permitisse um deslocamento dos destacamentos aéreos legalistas para outras bases avançadas mais próximas do front&period; Créditos&colon; Arquivo Nacional&period;<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p>Em contrapartida&comma; a aviação Constitucionalista não poderia ser mais diferente&period; Devido a seu menor número&comma; os aviadores paulistas atuavam de maneira itinerante&comma; se deslocando a cada 2-3 semanas para uma zona diferente de combate&period; Isso causava um problema&comma; em especial&comma; com relação ao desgaste de pilotos e máquinas&comma; que não pôde ser bem sentida devido a curta duração do conflito – mas que certamente seria um grande transtorno se a guerra se estendesse por mais alguns meses&period; Segundo dados&comma; se computa que um aviador Constitucionalista voava em média 5 surtidas de combate por dia&comma; o que exigia ao máximo da força física e psicológica de cada equipe de voo&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Além do mais&comma; as aeronaves revoltosas atuavam em cooperação mais próxima com as forças de terra&comma; atacando comboios de munições e víveres&comma; além de concentrações de tropas&comma; geralmente em incursões compostas por um ou dois aviões&period; Eram evitados alvos mais bem defendidos&comma; como aeródromos e os navios da marinha que realizavam o bloqueio da costa de São Paulo&comma; já que a aviação Constitucionalista não poderia arcar com qualquer perda em combate&period; No entanto&comma; não se poderiam simplesmente negar no plano estratégico ataques a estes objetivos tão valiosos&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Por conta disso&comma; eram realizados planejamentos minuciosos quando finalmente era dado aval para uma missão mais arriscada&period; Os Constitucionalistas preferiam realizar um acúmulo de força contra tais objetivos&comma; desferindo ataques com três ou até mesmo quatro aeronaves&comma; com uma delas sempre atuando no papel de escolta do grupo&period; A maior pressão destas incursões era colocada sobre o único caça &OpenCurlyDoubleQuote;puro-sangue” disponível em mãos revoltosas&comma; o Nieuport NiD&period;72&comma; que teve suas funções aliviadas com a chegada dos Curtiss O-1E Falcon&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Apesar destas estratégias e evoluções táticas&comma; em grande medida&comma; os combates aéreos na Revolução Constitucionalista normalmente se degeneravam em uma refrega ao estilo daquelas dos primeiros anos da Primeira Guerra Mundial&colon; aviões em missão de observação e bombardeio se encontravam ao acaso nos céus&period; Como eram na maioria bipostos&comma; enquanto os pilotos tentavam encontrar uma posição para disparo&comma; os observadores faziam sua parte&comma; disparando as metralhadoras traseiras das aeronaves uns contra os outros&period; Depois de uma breve escaramuça&comma; que causava geralmente danos em aeronaves dos dois lados&comma; ambas os contendentes davam o dia por cumprido e retornavam a suas bases&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Apesar disso&comma; houve sim grandes combates&comma; como aqueles do dia 8 de agosto&comma; que denunciaram o primeiro abate de avião em combate na América do Sul&comma; e o do dia 23 de agosto&comma; marcado por dois interessantes combates aéreos em duas partes distintas do front&period; Ao fim&comma; as tripulações aéreas realizavam o melhor que podiam com o material que tinham em mãos – encontrando um inimigo nos céus&comma; a maioria dos pilotos de um lado ou outro preferia travar combate ao invés de fugir para as próprias linhas&period; Honra e coragem eram os adjetivos que melhor definem os pilotos Federalistas e Constitucionalistas neste conflito&period;<&sol;p>&NewLine;<h4><span style&equals;"font-size&colon; 14pt&semi;"><strong>Lista das Forças Aéreas envolvidas&ast;<&sol;strong><&sol;span><&sol;h4>&NewLine;<table width&equals;"573">&NewLine;<tbody>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>ARMA AÉREA DO EXÉRCITO &lpar;FEDERALISTAS&rpar;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p>ARMA AÉREA NAVAL &lpar;FEDERALISTAS&rpar;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>FORÇA AÉREA PAULISTA &lpar;CONSTITUCIONALISTAS&rpar; &ast;&ast;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>Waco C90 &equals; 36 &lpar;10&rpar;&ast;&ast;&ast;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p><strong>D&period;H&period; 60T &equals; 12 &lpar;6&rpar;<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p><strong>Curtiss O-1E &equals; 9 &lpar;4&rpar;&ast;&ast;&ast;&ast;&ast;<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>Potez 25 TOE &equals; 12<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p><strong>S&period;M&period; 55A &equals; 7 &lpar;6&rpar;<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p><strong>Nieuport Ni&period;80 E2 &equals; 4<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>D&period;H&period; 60 Moth &equals; 11<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p><strong>Avro 504 N&sol;O &equals; 6 &lpar;2&rpar;<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p><strong>Curtiss J-2 &equals; 3<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>Waco CSO &equals; 5<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p><strong>Vought O2U-2A &equals; 4  <&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p><strong>Waco CSO &equals; 3<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>Nieuport NiD&period;72 &equals; 3 &lpar;1&rpar;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p><strong>Martin PM-1b &equals; 3<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p><strong>D&period;H&period; 60 Gipsy Moth &equals; 2<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>LeO 253 Bn&period;4 &equals; 3 &lpar;0&rpar;&ast;&ast;&ast;&ast;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p><strong>Hanriot H&period;410 &equals; 2<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>Amiot 122 Bp3 &equals; 2 &lpar;1&rpar;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p><strong>Morane MS29 &equals; 2<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p><strong>Potez 25 TOE &equals; 2<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p><strong> <&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p><strong>Potez 32 &equals; 2<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p><strong>Curtiss JN-4A &equals; 1<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<tr>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"189">&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<td width&equals;"192">&NewLine;<p><strong>Nieuport NiD&period;72 &equals; 1<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<&sol;td>&NewLine;<&sol;tr>&NewLine;<&sol;tbody>&NewLine;<&sol;table>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p>&ast; Contando apenas os números brutos&comma; mencionando as unidades utilizadas em combate&comma; retidas para funções de segunda linha&comma; ou mantidas na reserva durante a guerra &&num;8211&semi; entre parênteses&comma; quando necessário&comma; são apresentados os números reais de aeronaves utilizadas em operações de combate&period;<&sol;p>&NewLine;<p>&ast;&ast; As aeronaves mencionadas na tabela representam apenas os principais modelos utilizados pelos Constitucionalistas em operações de guerra &lpar;caça&comma; bombardeio&comma; reconhecimento&comma; ligação e treinamento&rpar;&period; De acordo com dados recolhidos de diversas fontes&comma; o número total de aviões utilizáveis &ZeroWidthSpace;&ZeroWidthSpace;que serviram à causa Constitucionalista é próximo de 30&period;<&sol;p>&NewLine;<p>&ast;&ast;&ast; Apenas 10 da ordem original de 36 foram montados antes do fim das hostilidades&period; Os Waco desse lote pertenciam a duas versões&colon; a primeira eram os C90 originais&comma; versões nativas do modelo militarizadas nacionalmente no Brasil&semi; a segunda eram os C90&sol;M&comma; versões verdadeiramente militares do modelo compradas diretamente da Waco Aircraft Company&comma; e equipadas com motores mais possantes&period;<&sol;p>&NewLine;<p>&ast;&ast;&ast;&ast; Não foram utilizados devido a falta de tripulações treinadas&period;<&sol;p>&NewLine;<p>&ast;&ast;&ast;&ast;&ast; Dos 9 &lpar;algumas fontes afirmam 10&rpar; encomendados&comma; apenas 4 chegaram às mãos dos Constitucionalistas &&num;8211&semi; eram eles o &OpenCurlyQuote;Kavuré-Y’&comma; &OpenCurlyQuote;Kyri-Kyri&comma; &OpenCurlyQuote;Taguató’ e &OpenCurlyQuote;José Mário’&period;<&sol;p>&NewLine;<h5><span style&equals;"font-size&colon; 14pt&semi;"><strong>Principais eventos da guerra aérea na Revolução Constitucionalista<&sol;strong><&sol;span><&sol;h5>&NewLine;<p>10&period;07&period;1932 &lpar;Manhã&rpar;&period; Primeira missão aérea da guerra&colon; Waco CSO Paulista é enviado ao Rio de Janeiro&comma; em missão de lançamento de panfletos sobre a capital federal&period;<&sol;p>&NewLine;<p>10&period;07&period;1932 &lpar;Tarde&rpar;&period; Federalistas reagem&comma; lançando sua própria missão de lançamento de folhetos sobre a capital revolucionária&comma; com um Potez 25 TOE e um Vought O2U-2A&period; Apesar de os Constitucionalistas estarem realizando no mesmo momento uma patrulha sobre os céus de São Paulo com dois Waco CSO e um Nieuport Ni&period;80 E2&comma; nenhum combate foi registrado entre os dois grupos&period;<&sol;p>&NewLine;<p>13&period;07&period;1932&period; Um Potez TOE 25 Federalista é destacado para uma missão de bombardeio em Queluz&comma; na divisa entre os estados do RJ e SP&period; O avião ataca concentrações de tropas revoltosas e retorna posteriormente para a base&period; Em uma segunda incursão no dia&comma; um outro Potez TOE 25 legalista é destacado para uma missão de reconhecimento perto de Bananal&period; Na ocasião&comma; o avião foi interceptado por um Waco CSO paulista&period; O primeiro combate aéreo registrado na história da aviação brasileira se desenvolve&comma; com ambas as aeronaves retornando às suas bases intactas&period;<&sol;p>&NewLine;<p>14&period;07&period;1932&period; Primeira deserção aérea da guerra&comma; quando um Waco &lpar;CSO-C03&rpar; Federalista é sequestrado pelo piloto Arthur Motta da Lima Filho&comma; sendo entregue posteriormente a aviação Constitucionalista&period;<&sol;p>&NewLine;<p>15&period;07&period;1932&period; Um Waco CSO Federalista&comma; destacado para uma missão de escolta&comma; intercepta um D&period;H&period; 60 constitucional&comma; que fazia missão de observação perto de Taubaté&period; Tentando se esquivar do combate&comma; o piloto do D&period;H&period; 60 realiza um pouso forçado dentro das próprias linhas&period; No entanto&comma; o Waco metralha seu oponente no chão&comma; danificando extensamente o Gipsy Moth constitucional&period; É a primeira perda de aeronave por ação bélica na guerra&period;<&sol;p>&NewLine;<p>16&period;07&period;1932&period; O primeiro grande raid da guerra&colon; 6 aviões Federalistas &lpar;2 Potez 25 TOE&comma; 2 Waco CSO&comma; um Vought O2U-2A e um Amiot 122 Bp3&rpar; são destacados para uma missão conjunta de bombardeio sobre São Paulo&comma; tendo como principal objetivo o Campo de Marte &lpar;QG geral da aviação Constitucionalista&rpar;&period; Apesar de todos os aviões retornarem a salvo para base depois da incursão&comma; os resultados do raid foram decepcionantes&period;<&sol;p>&NewLine;<p>17&period;07&period;1932&period; Um outro raid é planejado e executado pelas forças governistas&comma; novamente contra o Campo de Marte&colon; 4 aviões&comma; desta vez 3 Potez 25 TOE e um Amiot 122 Bp3 realizam uma corrida de bombardeio sobre o campo de pouso&comma; infligindo poucos danos ao local&period; Novamente&comma; todos os aviões retornam intactos à base&period;<&sol;p>&NewLine;<p>18&period;07&period;1932&period; Dois Vought O2U-2A Corsair da Arma Aérea Naval&comma; em patrulha próximo de Paraty&comma; interceptaram um Waco CSO paulista&period; Uma breve escaramuça se desenvolveu entre os três aparelhos&semi; no entanto&comma; o avião paulista conseguiu se desvencilhar do combate&comma; partindo a grande velocidade em direção às linhas amigas&period;<&sol;p>&NewLine;<p>19&period;07&period;1932&period; Quarto Vought O2U-2A Corsair são despachados em uma missão de apoio aéreo cerrado sobre Cunha&comma; sob assédio governamental&period; A incursão abre caminho para um ataque geral federalista no dia seguinte sobre a cidade&comma; que resiste e permanece em mãos constitucionais&period;<&sol;p>&NewLine;<p>20&period;07&period;1932&period; Três Waco CSO e três Potez 25 TOE Federalistas realizam missões de bombardeio a forças terrestres constitucionalistas&comma; perto de São José do Barreiro&period;<&sol;p>&NewLine;<p>26&period;07&period;1932&period; Um Potez 25 TOE Federal ataca a base e o QG sub-regional da aviação Paulista no Vale do Paraíba&comma; na cidade de Itapetininga&period; <&sol;p>&NewLine;<p>27&period;07&period;1932&period; Primeira missão de bombardeio estratégico na América Latina&colon; dois SM&period;55A e um Martin PM-1b&comma; com escolta de dois Vought O2U-2A Corsair da Arma Aérea Naval&comma; partem em missão de ataque contra a usina elétrica de Cubatão&comma; essencial para o esforço de guerra Constitucionalista&period; Apesar de bem planejada&comma; a incursão acaba em fracasso&comma; devido a problemas mecânicos em um dos Savoia e desencontro entre os bombardeiros e a escolta&period;<&sol;p>&NewLine;<p>28&period;07&period;1932&period; Um novo ataque realizado pelo Potez 25 TOE Federalista à base de Itapetininga&period; Apesar de um Waco CSO paulista se encontrar estacionado no local na hora exata do ataque&comma; o avião escapou sem avarias da agressão&period;<&sol;p>&NewLine;<p>29&period;07&period;1932&period; A aviação Paulista retalia os ataques à base de Itapetininga&period; Dois Potez 25 TOE são despachados para atacar o avião governista que havia bombardeado e metralhado o local nos dias precedentes&period; O ataque é um sucesso&comma; com os Potez Constitucionalistas destruindo o homólogo governista no chão&period;<&sol;p>&NewLine;<p>29&period;07&period;1932&period; Enquanto os paulistas executam o ataque acima descrito&comma; forças da Arma Aérea Naval atacam o porto de Cubatão&comma; com um SM&period;55 e Vought O2U-2A&period; As consequências deste ataque são mínimas&period;<&sol;p>&NewLine;<p>08&period;08&period;1932 &lpar;Manhã&rpar;&period; Um solitário Potez 25 TOE governista&comma; enquanto realizava patrulha perto de Bananal&comma; é interceptado por uma formação mista de dois Waco CSO e um Potez 25 TOE paulistas&period; Depois de uma rápida refrega&comma; os pilotos Constitucionalistas alegam vários <em>hits<&sol;em> no avião&period; No entanto&comma; apesar de danificado&comma; o Potez federal consegue retornar a sua base de origem&period;  <&sol;p>&NewLine;<p>08&period;08&period;1932 &lpar;Tarde&rpar;&period; Perto das 16h&comma; um segundo encontro&colon; perto de Buri&comma; novamente três aviões paulistas e um governista se encontram nos céus do front&period; Um combate se desenvolve entre as partes&comma; com o avião governista &lpar;Potez 25 TOE matrícula A-117&rpar; sendo obrigado a fazer um pouso forçado devido a danos sofridos no embate&period; Segundo se sabe&comma; este foi o primeiro relato de um abate aéreo na América do Sul&period;<&sol;p>&NewLine;<p>12&period;08&period;1932&period; Agora é a vez dos federalistas retaliarem&colon; dois Vought O2U-2A e um Potez 25 TOE desfecham um novo ataque sobre a base aérea de Itapetininga&period; Poucos danos são causados&comma; e nenhuma baixa ou combate aéreo é registrado&period;<&sol;p>&NewLine;<p>13&period;08&period;1932 &lpar;Madrugada&rpar;&period; O primeiro ataque aéreo noturno registrado na história da América do Sul&period; Um Waco CSO Constitucionalista bombardeia o campo aéreo de Resende&comma; principal base aérea federal no Front Leste&period; Poucos danos são registrados como consequência do bombardeio&period;<&sol;p>&NewLine;<p>13&period;08&period;1932 &lpar;Tarde&rpar;&period; Um novo encontro entre aeronaves Constitucionalistas e Federalistas&colon; depois de missão de apoio aéreo cerrado perto da cidade de Areias&comma; um Potez 25 TOE e dois Waco CSO paulistas cruzam com um Potez 25 TOE governista&period; Novo combate aéreo nos céus do front do Vale do Paraíba&comma; com apenas danos leves sofridos por alguns dos aviões envolvidos na batalha&period;<&sol;p>&NewLine;<p>14&period;08&period;1932 &lpar;Manhã&rpar;&period; Os Federalistas desfecham um contragolpe às 9&colon;45 da manhã&period; Cinco Potez 25 TOE e dois Waco CSO &lpar;outras fontes afirmam que a composição da formação era de dois Potez&comma; dois Nieuport NiD&period;72&comma; dois Waco CSO e um Amiot 122 Bp3&rpar; atacam a base aérea de Lorena&comma; local de onde se originou o ataque noturno paulista&period; Dois Potez 25 TOE e três Waco CSO se encontravam no chão na hora do ataque&period; Todos os aviões paulistas decolam para responder ao ataque&period; Um breve escaramuça se estabelece sobre a base aérea&comma; com nenhum avião sendo abatido no combate&period;<&sol;p>&NewLine;<p>14&period;08&period;1932 &lpar;Tarde&rpar;&period; Com a aproximação das forças governistas por terra&comma; o Grupo de Aviação Constitucionalista abandona definitivamente o campo aéreo de Lorena&comma; que servira como a principal base aérea avançada Constitucionalista e elo de ligação entre as operações aéreas nos fronts Litoral e Leste&period; Tal deslocamento arrefece os combates novamente na área&period;<&sol;p>&NewLine;<p>20&period;08&period;1932&period; Segundo importante deserção aérea da guerra&comma; quando um dos Nieuport NiD&period;72 federalistas é sequestrado pelo piloto Adherbal da Costa Oliveira&comma; sendo entregue posteriormente a aviação Constitucionalista&period; Cabe lembrar que este era um dos apenas dois NiD&period;72 operacionais na força aérea federal&comma; o que enfraquece substancialmente o poderio aéreo legalista&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;179863" aria-describedby&equals;"caption-attachment-179863" style&equals;"width&colon; 1014px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-179863 size-large" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2024&sol;11&sol;operacoes-aereas-na-revolucao-constitucionalista-007-1024x657&period;jpg" alt&equals;"Campo de Marte Operações aéreas na Revolução Constitucionalista" width&equals;"1024" height&equals;"657" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-179863" class&equals;"wp-caption-text">Foto tirada logo após o pouso do capitão Adherbal da Costa no Campo de Marte&comma; quando o piloto entregou o Nieuport às forças Constitucionalistas&period; Créditos&colon; A Gazeta<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p>22&period;08&period;1932&period; Um intenso combate aéreo se desenvolveu perto da cidade de Queluz&comma; na fronteira entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo&period; Um Waco CSO e o Nieuport NiD&period;72 paulistas se depararam contra um Potez 25 TOE&comma; um Waco CSO e um Nieuport NiD&period;72 federalistas&period; Apesar da ferocidade do combate&comma; nenhum dos aviões sofreu danos sérios&period;<&sol;p>&NewLine;<p>23&period;08&period;1932 &lpar;Manhã&rpar;&period; Em uma das ações mais bem sucedidas da aviação legalista durante o conflito&comma; dois Potez 25 TOE&comma; dois Waco CSO e um Nieuport NiD&period;72 federalistas bombardearam o campo de pouso de Guaratinguetá&comma; que havia se transformado na principal base aérea avançada dos revoltosos depois do abandono de Lorena&period; Um Potez 25 TOE &lpar;matrícula A-116&rpar; paulista estacionado no campo foi completamente destruído devido a incursão&period;<&sol;p>&NewLine;<p>23&period;08&period;1932 &lpar;Tarde&rpar;&period; No setor norte&comma; se desenvolveram dois combates aéreos&period; Um Potez 25 TOE e um Waco CSO paulistas enfrentam dois Potez 25 TOE federais&period; Mais tarde&comma; no mesmo dia&comma; é a vez de um Nieuport NiD&period;72 e um Waco CSO paulistas enfrentarem uma composição idêntica de aviões federalistas&period; Em ambos os encontros&comma; nenhum abate é anunciado&period;<&sol;p>&NewLine;<p>25&period;08&period;1932&period; Primeiros Waco C90 e C90M são entregues para as forças legalistas estacionadas no front&comma; integrando o Destacamento Resende&period; Equipados com duas metralhadoras Browning 0&period;30 que atiravam pelo arco da hélice&comma; se esperava que tais aviões retomassem o controle dos céus para a aviação Federal&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;179864" aria-describedby&equals;"caption-attachment-179864" style&equals;"width&colon; 1014px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-179864 size-large" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2024&sol;11&sol;operacoes-aereas-na-revolucao-constitucionalista-008-1024x620&period;jpg" alt&equals;"Waco C90 Operações aéreas na Revolução Constitucionalista" width&equals;"1024" height&equals;"620" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-179864" class&equals;"wp-caption-text">Waco C90 entregue às forças Federalistas durante a Revolução Constitucionalista&period; Pode-se saber que este não é um C90&sol;M devido as primitivas instalações para lançamento de bombas na barriga da aeronave&comma; além da ausência das metralhadoras sincronizadas no nariz do aparelho&period; Créditos&colon; desconhecido<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p>03&period;09&period;1932 &lpar;Manhã&rpar;&period; Primeira operação de guerra dos Curtiss Falcon Constitucionalistas&comma; quando um solitário O-1E&comma; pilotado pelo americano Orton Hoover e tendo como observador Juvenal Paixão&comma; ataca a flotilha fluvial federalista do Rio Paraguai&period; Poucos danos são infligidos na incursão&period;<&sol;p>&NewLine;<p>03&period;09&period;1932 &lpar;Tarde&rpar;&period; Em cooperação com a Marinha&comma; um raid é realizado sobre a Fortaleza de Itaipu&comma; principal defesa do porto de Santos e que havia se transformado na principal via de comunicação dos Constitucionalistas com o mundo exterior&period; Três SM&period;55A e um Vought 02V-2A da Arma Aérea Naval bombardeiam o local&comma; causando danos leves à fortificação&period;<&sol;p>&NewLine;<p>05&period;09&period;1932 &lpar;Manhã&rpar;&period; Novo raid das forças aeronavais contra a Fortaleza de Itaipu&comma; com o intuito de destruir definitivamente as defesas do bastião&period; Três SM&period;55A e dois Martin PM-1b são destacados para a operação&comma; que despejou mais de uma tonelada de bombas sobre o forte&period; O segundo ataque se provou perfeito do ponto de vista estratégico e tático&comma; com a fortaleza sendo reduzida sem a perda de nenhuma aeronave envolvida na incursão&period;<&sol;p>&NewLine;<p>05&period;09&period;1932 &lpar;Tarde&rpar;&period; Quem também retornam para uma segunda ofensiva são os Falcon a Ladário &lpar;Mato Grosso do Sul&rpar;&comma; sede da flotilha do Rio Paraguai&period; Desta vez&comma; o ataque é mais bem sucedido&comma; com o O-1E danificando levemente o Monitor Pernambuco&period;<&sol;p>&NewLine;<p>11&period;09&period;1932&period; Um Waco federalista &lpar;matrícula CSO-C08&rpar; é abatido por fogo antiaéreo enquanto realizava um ataque a uma composição ferroviária&comma; próximo da cidade de Casa Branca&period; Piloto e copiloto são mortos no combate&period;<&sol;p>&NewLine;<p>13&period;09&period;1932&period; Três Waco CSO e um Nieuport NiD&period;72 paulistas são destacados para uma operação de apoio cerrado perto da cidade de Queluz&period; Apesar da operação ser um sucesso&comma; o Nieuport é danificado por fogo antiaéreo&comma; tendo que ar uma semana em reparos&period;<&sol;p>&NewLine;<p>18&period;09&period;1932&period; Um Potez 25 TOE Constitucionalista é interceptado por dois Waco C90 e um Potez 25 TOE Federalistas perto de Cruzeiro&period; Depois de um combate aéreo que dura alguns minutos&comma; ambos os lados se retiram do campo de batalha sem baixas&period;<&sol;p>&NewLine;<p>21&period;09&period;1932&period; Um Curtiss Falcon e um Waco CSO paulistas são interceptados perto de Pedreira &lpar;SP&rpar; por um Waco C90 federal&period; O combate se desenvolve sobre a terra de ninguém&comma; com ambos os lados conseguindo fazer hits nos seus adversários&period; No entanto&comma; nenhum avião é abatido&period;<&sol;p>&NewLine;<p>20&period;09&period;1932&period; Uma das maiores incursões paulistas da guerra&comma; quando dois Curtiss Falcon&comma; um Waco CSO e um Nieuport NiD&period;72 desencadearam um ataque sobre a base aérea de Mogi-Mirim&period; Os aviadores legalistas foram pegos de surpresa com o ataque&comma; com os quatro Waco &lpar;dos modelos CSO e C90&rpar; estacionados no local sendo alvos fáceis para a formação atacante&period; Depois que os aviões Constitucionalistas se retiraram&comma; puderam realmente ser contabilizados os danos&colon; dois dos aviões federalistas foram completamente destruídos&comma; enquanto outros dois sofreram danos leves&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;179865" aria-describedby&equals;"caption-attachment-179865" style&equals;"width&colon; 1014px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-179865 size-large" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2024&sol;11&sol;operacoes-aereas-na-revolucao-constitucionalista-009-1024x571&period;jpg" alt&equals;"Curtiss Falcon Operações aéreas na Revolução Constitucionalista" width&equals;"1024" height&equals;"571" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-179865" class&equals;"wp-caption-text">Curtiss Falcon &OpenCurlyQuote;Kyri-Kyri’&comma; um dos O-1E mais ativos do conflito&comma; e que participou de inúmeras ações bélicas pelos Constitucionalistas&comma; entre elas ataques no Mato-Grosso&comma; em Mogi-Mirim e ao largo de Santos&period; Créditos&colon; desconhecido &lpar;colorizada pelo Autor&rpar;<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p>24&period;09&period;1932&period; Em um audaz e desesperado ataque&comma; dois Curtiss Falcon e um Waco CSO Constitucionalistas bombardeiam a esquadra federal que realizava o bloqueio ao largo do porto de Santos&comma; tendo como principal alvo o cruzador Rio Grande do Sul&period; A incursão foi um fracasso&comma; com um dos Falcon Constitucionalistas sendo abatido por armas antiaéreas do navio&period;<&sol;p>&NewLine;<p>01&period;10&period;1932 – Em uma das últimas operações aéreas da guerra&comma; três Falcon O-1E Constitucionalistas realizam um ataque diversionário na cidade de Ladário&comma; atacando a força fluvial destacada para a defesa do Rio Paraguai&period; O rebocador federal Voluntário&comma; fundeado no local&comma; foi ligeiramente danificado no combate&period; A esquadrilha naval destacada para proteção da base &lpar;dois Avro 504 N&sol;0 equipados com flutuadores&rpar; não decolou para enfrentar a ameaça&period;<&sol;p>&NewLine;<h6><span style&equals;"font-size&colon; 14pt&semi;"><strong>As lições da guerra aérea no Brasil<&sol;strong><&sol;span><&sol;h6>&NewLine;<p>Apesar de curta em sua duração&comma; as lições dos combates aéreos nos céus do Brasil se provaram elementos duradouros na doutrina tática nacional da aviação no pós-guerra&period; Isso pode ser constatado pela rápida expansão do braço aeronáutico no seio das forças armadas brasileiras&comma; com a aquisição de diversos modelos que robusteceram o arsenal do país ainda entre o meio&sol;final da década de trinta&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Não é para tanto que&comma; se em 1930 o Brasil tinha uma das forças aéreas menos expressivas na América do Sul&comma; em 1937&comma; o país continha uma excelente arma aérea &lpar;entre marinha e exército&rpar;&comma; se comparada obviamente com seus vizinhos sul-americanos&period; A incorporação de algumas aeronaves&comma; como os Boeing F4B&comma; Focke-Wulf FW 58B e um novo lote de Vought O2U Corsair na segunda metade da década&comma; elevara certamente o país a grande potência aeronáutica da América Latina nesta época&period;<&sol;p>&NewLine;<p>No entanto&comma; outras lições foram aprendidas&comma; em especial&comma; por intermédio dos derrotados Constitucionalistas&colon; apesar de terem apenas um punhado de aviões considerados de primeira linha&comma; as táticas de mobilidade e concentração em pontos delimitados basicamente anulou a superioridade aérea Federal durante grande parte do confronto&comma; até que o peso dos números começasse a alterar o equilíbrio da balança definitivamente em favor das forças legalistas&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;179866" aria-describedby&equals;"caption-attachment-179866" style&equals;"width&colon; 1014px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-179866 size-large" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2024&sol;11&sol;operacoes-aereas-na-revolucao-constitucionalista-010-1024x758&period;jpg" alt&equals;"Curtiss Falcon Operações aéreas na Revolução Constitucionalista" width&equals;"1024" height&equals;"758" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-179866" class&equals;"wp-caption-text">Apesar de poucos em número&comma; os Curtiss Falcon paulistas tiveram um grande impacto nos capítulos finais da Revolução Constitucionalista&period; A aparição do modelo nos céus brasileiros despertou verdadeiro temor nos pilotos Federalistas&period; Créditos&colon; desconhecido &lpar;foto colorizada pelo Autor&rpar;<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p>Cabem apenas as hipóteses a respeito do que poderia ter acontecido com a guerra aérea se as operações terrestres em si tivesse durado mais algumas semanas&comma; ou até mesmo&comma; meses&colon; com a dotação completa de Falcons&comma; será que os Constitucionalistas ganhariam o controle dos céus&quest; Qual seria a resposta Constitucionalista&comma; assim que a totalidade dos Waco C90 encomendados pelos federais estivessem em operação&quest; E qual teria sido o impacto operacional da utilização dos colossais LeO 253 Bn&period;4 Federalistas&comma; que foram mantidos em reserva durante todo o conflito&quest; Jamais saberemos ao certo&comma; sendo apenas <em>ses<&sol;em> no grande exercício das suposições&&num;8230&semi;<&sol;p>&NewLine;<p>O que se pode dar como certo são os números brutos de perdas de aeronaves por cada lado&comma; durante as operações da guerra de 1932&semi; para os Constitucionalistas&comma; estas seriam de&colon; dois Potez 25 TOE&comma; um Curtiss O-1E e um D&period;H&period; 60 Gipsy Moth&period; Para os Federalistas&comma; as perdas operacionais foram as seguintes&colon; quatro Waco &lpar;modelos CSO e C90&rpar;&comma; dois Potez 25 TOE&comma; dois D&period;H&period; 60T Moth&comma; um Martin PM-1b e um Vought O2U-2A&period;<&sol;p>&NewLine;<p><span style&equals;"font-size&colon; 14pt&semi;"><strong>Referências&colon;<&sol;strong><&sol;span><&sol;p>&NewLine;<p>Artigo <em>A Aviação Constitucionalista na Revolução de 1932<&sol;em>&comma; pelo Coronel de Engenharia Cláudio Moreira Bento<&sol;p>&NewLine;<p>Artigo <em>O emprego da Aviação na Revolução Constitucionalista de 1932<&sol;em>&comma; pelo Coronel-Aviador Manuel Cambeses Junior<&sol;p>&NewLine;<p>Livro <em>Gaviões de Penacho<&sol;em>&comma; pelo Major-Brigadeiro Lysias Augusto Cerqueira Rodrigues<&sol;p>&NewLine;<p>Livro <em>The Paulista War&colon; The Last Civil War in Brazil<&sol;em>&comma; por Javier Garcia de Gabiola<&sol;p>&NewLine;<p>Livro <em>Um Céu Cinzento<&sol;em>&comma; por Carlos Roberto Carvalho Daróz<&sol;p>&NewLine;<p><strong>Leia também&colon;<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<ul>&NewLine;<li><a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;open-fan-sera-20-mais-eficiente-do-que-os-motores-atuais&sol;">Open Fan será 20&percnt; mais eficiente do que os motores atuais<&sol;a><&sol;li>&NewLine;<li><a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;azul-anuncia-perspectivas-para-2024-e-2025&sol;">Azul Anuncia Perspectivas Para 2024 e 2025<&sol;a><&sol;li>&NewLine;<li><a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;atr-desiste-do-projeto-para-pouso-e-decolagem-em-pista-curta&sol;">ATR desiste do projeto para pouso e decolagem em pista curta<&sol;a><&sol;li>&NewLine;<&sol;ul>&NewLine;

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Lorenzo Baer

Autor: Lorenzo Baer

Jornalista de carteirinha, formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Tem como grandes paixões o esporte e tudo que tenha haver como velocidade – tenha asas (ou não). Se tivesse que escolher um período da aviação para dizer que é seu hobby, e de maneira pretenciosa, especialidade, seria o dos velhos e carismáticos biplanos da Primeira Guerra Mundial.

Categorias: Artigos, Artigos, Aviação Geral, Militar, Notícias

Tags: Campo de Marte, Nieuport NiD.72 C1, Operações aéreas, Revolução Constitucionalista

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